Indicador 15.3.1 - Proporção de área estável (%), por Bioma. 2020
: 1. Degradação da terra é definida como a redução ou perda da produtividade, seja biológica ou econômica, de terras agrícolas, pastagens naturais, florestas e áreas com vegetação nativa. Esse processo é impulsionado pela ação antrópica, como práticas inadequadas de uso da terra e uma combinação de processos, incluindo erosão do solo, deterioração das propriedades físicas e químicas do solo, queimadas e desmatamento acentuado da vegetação. Esta definição foi adotada e é usada pelos 196 países signatários da UNCCD, 1994. 2. Neutralidade da Degradação da Terra é definida como um estado em que a quantidade e a qualidade dos recursos terrestres necessários para apoiar as funções e serviços dos ecossistemas e melhorar a segurança alimentar permanecem estáveis, ou aumentam dentro de escalas temporais e espaciais e ecossistemas especificados (decisão 3/COP12) 3. Regra One out, All out (1OAO – um fora, todos fora) é aplicada considerando mudanças nas variáveis que são descritas como (i) positivas ou em melhoria, (ii) negativas ou em declínio, ou (iii) estáveis ou inalteradas. Se uma das variáveis apresentar resultado negativo (ou permanecer estável em uma condição já degradando na linha de base ou no período anterior) a unidade de terra correspondente será considerada degradando. A avaliação e quantificação da degradação da terra está geralmente vinculada a um contexto específico, o que dificulta representar plenamente o estado ou condição da terra por meio de um único subindicador. Embora sejam necessários, os subindicadores são insuficientes isoladamente, pois capturam mudanças de maneiras distintas, mas altamente relevantes: por exemplo, cobertura da terra e produtividade refletem alterações relativamente rápidas, enquanto os estoques de carbono indicam mudanças mais lentas ao longo do tempo. Como proxies para monitoramento das variáveis essenciais relacionadas à capacidade da terra em fornecer serviços ecossistêmicos, os subindicadores têm definições e metodologias globalmente acordadas e são considerados técnica e economicamente viáveis para observação sistemática, conforme os marcos do Sistema de Observação do Clima Global (GCOS) e o quadro de referência do Sistema de Contabilidade Econômica-ambiental (SEEA). A determinação final da extensão de terra degradando feita por autoridades nacionais deve ser contextualizada com outros indicadores, dados e informações de campo. É importante ressaltar que o indicador se baseia na comparação de períodos de relatório (2016 – 2020) e o período de base (2000 – 2015), não sendo possível determinar a extensão de terras degradadas anteriormente ao início da série temporal. Futuramente, a meta de neutralidade da degradação da terra será avaliada com base nos dados obtidos no primeiro período de relatório. 4. Cobertura e uso da terra refere-se à cobertura física observada na superfície terrestre, representando a distribuição de tipos de vegetação, corpos d'água e infraestrutura construída. Também reflete o uso de recursos terrestres – como solo, água e biodiversidade) para agricultura, silvicultura, assentamentos humanos e outros. Este subindicador cumpre dois papéis no âmbito do Indicador ODS 15.3.1: (1) Mudanças na cobertura e uso da terra podem indicar processos de degradação quando envolvem perda de serviços ecossistêmicos considerados desejáveis em contextos locais ou nacionais; e (2) Um sistema de classificação da cobertura e uso da terra permite desagregar os outros dois subindicadores (produtividade e estoques de carbono), ampliando a relevância política e analítica do indicador como um todo. Para o cálculo deste subindicador foi necessária a compatibilização das classes do mapeamento nacional com aquelas do IPCC e a elaboração de uma matriz de degradação, na qual são indicadas as possíveis transições entre classes e sua classificação como degradação, estabilidade ou melhoria. Maiores detalhes podem ser encontrados no relatório técnico do Observatório da Caatinga e Desertificação (ver Referências). 5. A produtividade do solo refere-se à produção primária líquida (NPP na sigla em inglês) acima do solo, definida como a energia fixada pelas plantas por meio da fotossíntese menos a energia consumida por sua respiração. Essa medida representa a taxa de acumulação de biomassa, diretamente relacionada à oferta de diversos serviços ecossistêmicos. O subindicador de produtividade evidencia mudanças na saúde e na capacidade produtiva da terra, refletindo os efeitos líquidos das alterações no funcionamento dos ecossistemas, no crescimento da vegetação e na geração de biomassa. Tendências de declínio são, frequentemente, uma característica central da degradação da terra. A avaliação deste subindicador considera três componentes: a. Tendência: mede a trajetória de mudança na produtividade ao longo do tempo, refletindo variações na capacidade produtiva das áreas analisadas; b. Estado; compara o nível atual de produtividade de uma área específica com dados históricos, permitindo avaliar alterações ao longo do tempo; c. Desempenho: analisa a produtividade local em relação a outras áreas com potencial produtivo semelhante na mesma região, oferecendo uma perspectiva sobre o desempenho relativo da área. Uma unidade de área é considerada degradando quando dois ou mais dos componentes indicam processo de degradação. Estoque de carbono corresponde à quantidade de carbono presente em um reservatório (“pool”) com capacidade de acumular ou liberar carbono. Esses reservatórios incluem a biomassa acima e abaixo do solo, a matéria orgânica morta e o carbono orgânico do solo (SOC na sigla em inglês). Conforme estabelecido na decisão 22/COP.11 da UNCCD, o SOC foi adotado como métrica padrão, com a perspectiva de que, futuramente, seja substituído pelos estoques totais de carbono dos sistemas terrestres, à medida que estes se tornem operacionalmente viáveis. 6. O carbono orgânico do solo (SOC) é amplamente reconhecido como um indicador da qualidade geral do solo, por estar associado ao ciclo de nutrientes, à estabilidade e estrutura dos agregados do solo, influenciando diretamente a infiltração de água, a biodiversidade edáfica, a resistência à erosão e, por consequência, a produtividade da vegetação — inclusive os rendimentos agrícolas. Os estoques de SOC resultam do equilíbrio entre os ganhos de matéria orgânica, relacionados à produtividade vegetal e às práticas de manejo adotadas, e as perdas decorrentes da decomposição biológica, lixiviação e erosão. Integração dos subindicadores - Cada unidade de área é definida como degradando, estável ou melhorando a partir da combinação dos resultados dos três subindicadores, usando a regra 1OAO. O intervalo entre o ano 2000 e o ano 2015 foi considerado o período base, e o primeiro período de relatório compreende os anos 2016 a 2020. Ao longo dos trabalhos foram encontradas algumas dificuldades para se chegar a resultados condizentes com a realidade brasileira. Tais dificuldades estiveram associadas sobretudo ao uso da ferramenta global disponibilizada para o cálculo, o Trends.Earth, que apresentou restrições na personalização dos parâmetros analíticos, limitações na integração com bases de dados locais e pouca flexibilidade na escolha de séries temporais e índices espectrais. Nos vários testes realizados, muitas vezes a referida ferramenta indicava fortes perdas de produtividade em áreas de vegetação natural e elevados ganhos em locais ocupados por áreas agrícolas ou pastagens. O uso dos corretores climáticos gerou resultados ainda mais distantes da realidade do país. Houve então a necessidade de substituir a ferramenta Trends.Earth pela plataforma Google Earth Engine (GEE) para a análise da produtividade do solo. O uso do GEE permitiu maior controle metodológico, melhor desempenho computacional e a possibilidade de incorporar produtos e classificações nacionais, assegurando maior coerência com os dados de referência utilizados nos demais subindicadores. Mesmo com estas adaptações, manteve-se a aderência conceitual e técnica às orientações da UNCCD, assegurando que os resultados fossem compatíveis com os critérios internacionais de cálculo e interpretação do indicador. As decisões metodológicas adotadas foram devidamente documentadas e estão detalhadas no relatório técnico do Observatório da Caatinga e Desertificação (ver Referências). As instituições produtoras também incluem IBGE, EMBRAPA Solos e Observatório da Caatinga e Desertificação.
Padrão
Identificação
- Data (Criação)
- 2025-06-26
- Status
- Concluído
Criador
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Diretoria de Geociências
- Tipo de representação espacial
- Vetorial
- Categoria temática
-
- Meio ambiente
- Sociedade
N
S
E
W
- Palavras-chave
-
- Vida Terrestre
- Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
- Idioma
- Portuguese
- Código de caracteres
- UTF8
Distribuição
- Online
-
ods_15_3_1_2020_bio_2
Indicador 15.3.1 - Proporção de área estável (%), por Bioma. 2020
- Online
-
ODS:ods_15_3_1_2020_bio_2
Indicador 15.3.1 - Proporção de área estável (%), por Bioma. 2020
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- Identificador do metadado
- urn:uuid / c82104b3-1d7a-4b2e-be37-9a251bf40768
- Idioma
- Portuguese
- Código de caracteres
- UTF8
Criador
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Escopo do metadado
- Escopo do recurso
- Conjunto de dados
- Link do metadado
- https://metadadosgeo.ibge.gov.br/geonetwork_ibge/srv/api/records/15c80f0a-e96e-451a-b332-85840ee94a9e
- Data do metadado (Revisão)
- 2025-06-26T14:48:17
- Data do metadado (Criação)
- 2020-07-17
- Título
- ISO 19115-3:2014
- Título
- Perfil MGB 2.0
Visões gerais
Extensão espacial
N
S
E
W
Fornecido por
Recursos associados
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